O UEFA.com funciona melhor noutros browsers
Para a melhor experiência possível recomendamos a utilização do Chrome, Firefox ou Microsoft Edge.

"Fair Play" Financeiro reforçado para o futuro

Secretário-geral

Na mais recente UEFA•direct, Gianni Infantino, Secretário-Geral da UEFA, explica como os recentes reforços nas medidas do "fair play" financeiro vão também fortalecer o futebol europeu de clubes.

Fortalecer o futebol europeu de clubes para o futuro
Fortalecer o futebol europeu de clubes para o futuro ©AFP/Getty Images

Quando o Comité Executivo da UEFA aprovou o conceito do "fair play" financeiro na sua reunião em Nyon, a 21 de Setembro de 2009, pretendia que os novos regulamentos melhorassem não apenas a igualdade financeira nas competições europeias, mas também a estabilidade do futebol europeu a longo prazo.

Os resultados até ao momento mostram quão importante foi essa decisão. As perdas no futebol europeu de clubes desceram dois terços desde a introdução do "fair play" financeiro, os pagamentos em atraso diminuíram cerca de 90 por cento e, num mercado onde as receitas dos clubes de primeira divisão duplicaram desde 2002, o crescimento das mesmas ultrapassou o dos salários pela primeira vez segundo os números de 2014 (5,8 por cento comparado com 3 por cento).

Adicionalmente, com os clubes europeus a gerarem agora os maiores proveitos operacionais combinados de sempre, houve uma redução nas dívidas líquidas na modalidade, igualadas por investimentos substanciais no desenvolvimento jovem e infra-estruturas. Dessa forma, o "fair play" financeiro colocou o futebol europeu de clubes numa posição mais estável, e os regulamentos que governam os princípios fazem agora parte do processo de decisão de cada clube.

Igualmente, o enquadramento regulador precisa de manter-se a par dos desenvolvimentos no sector futebolístico. Graças a um processo de consulta exaustivo envolvendo federações-membro da UEFA, clubes e ligas, os novos Regulamentos de "Fair Play" Financeiro e Licenciamento de Clubes fornecem a plataforma para a expansão e fortalecimento do processo do "fair play" financeiro para o futuro.

Os regulamentos actualizados incluem uma redução no défice máximo agregado do ponto de equilíbrio ou desvio aceitável, de 45 milhões de euros para 30 milhões, uma determinação mais fácil de partes relacionadas, pessoas e entidades, e uma implementação mais rigorosa dos critérios de pagamentos em atraso.

No entanto, o futebol precisa de continuar a ser uma proposta de investimento atractiva, especialmente para clubes que atravessam uma reestruturação financeira. A introdução dos acordos voluntários vai permitir ainda mais aos clubes desenvolver um plano de negócios a longo prazo sob as condições estabelecidas pelo Órgão de Controlo Financeiro de Clubes da UEFA e o seu processo de monitorização.

No global, as regras do "fair play" financeiro foram fortalecidas e a extensão da monitorização dos clubes alargada, e os novos acordos voluntários significam que os clubes vão estar sujeitos a uma monitorização e devem enviar a informação sobre equilíbrio de contas mais cedo e mais vezes do que anteriormente.

Dado o seu enorme impacto na melhoria da transparência empresarial e eficácia em apenas cinco anos, um regime de "fair play" financeiro reforçado vai garantir que o futebol europeu de clubes pode construir um modelo de funcionamento mais sustentável para o futuro.