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"Decisões e marcos históricos"

Presidente

Na sua mensagem de fim de ano, o Presidente da UEFA, Michel Platini, defende que vários marcos ajudaram o futtebol europeu no ano em que a UEFA celebrou o seu 60º aniversário.

O Presidente da UEFA, Michel Platini
O Presidente da UEFA, Michel Platini ©UEFA.com

O ano de 2014 foi excelente para a UEFA, durante o qual assinalámos o nosso 60º aniversário com uma série de decisões e marcos históricos. Ao longo dos últimos 12 meses celebrámos vários feitos que tornaram ainda melhor o panorama do futebol europeu.

Estou certo de que todas as nossas federações nacionais concordarão comigo quando afirmo que este foi também um ano fantástico para o futebol de selecções, com a criação da UEFA Nations League, que tem início marcado para 2018. Esta competição irá reforçar a força do futebol internacional, dando seguimento aos trabalhos que temos desenvolvido com o intuito de o promover, sobretudo com o arranque da Qualificação Europeia e da Semana do Futebol.

Este novo formato tem-se afirmado como uma lufada de ar fresco em fases de apuramento e tem oferecido a todos - adeptos incluídos - inesquecíveis momentos de entusiasmo e alegria. Podem ter surgido algumas críticas em relação a este novo formato e ao facto de serem 24 as selecções a garantir a qualificação para o UEFA Euro2016 mas, pelo que tenho lido e ouvido, a maior parte das opiniões - se não todas - estão agora do nosso lado.

Os elogios foram também muitos para com o anúncio do UEFA Euro2020. Treze cidades de 13 diferentes países vão receber o Campeonato da Europa de Futebol dentro de alguns anos, o que significa que o nosso continente irá unir-se como nunca antes. Estou orgulhoso das decisões tomadas pelo Comité Executivo, com a UEFA a levar esta fantástica competição até novas fronteiras e países, que juntarão forças pela primeira vez criando uma festa do futebol única.

Quem me conhece sabe que as minhas prioridades como Presidente da UEFA passam por proteger este desporto que tanto amamos e estou muito agradado com as inúmeras decisões que tomámos em 2014 nesse âmbito.

Estou encantado por ter visto aprovada por unanimidade uma nova resolução de integridade, durante o XXXVIII Congresso Ordinário, em Astana. Os 11 pontos dessa resolução fixam altos padrões para todos na luta conjunta contra a manipulação de resultados, uma ameaça real à alma deste nosso desporto.

A UEFA deu igualmente passos consideráveis na luta contra a discriminação. Juntamente com as sanções que aplicámos àqueles que infringiram as regras e os regulamentos, trabalhámos de forma diligente na promoção dos nossos valores. Demos o exemplo, organizando a Conferência Respeito e Diversidade em Roma, cooperando com o Seminário Internacional Contra a Discriminação, em Amesterdão, e introduzimos novos programas e embaixadores para espalharem a mensagem.

Trabalhámos também no sentido de proteger a estabilidade financeira do nosso futebol. Foram tomadas algumas decisões difíceis na área dos regulamentos do "fair play" financeiro, com o Comité de Controlo Financeiro dos Clubes a sancionar pela primeira vez os clubes por quebrarem as regras do equilíbrio financeiro. Estas medidas foram tomadas de forma a salvaguardar a saúde económica do futebol de clubes e garantir que as equipas vivem à medida das suas capacidades. Foram decisões complicadas, mas justas, e o "fair play" financeiro tem já um impacto considerável no futebol europeu. Os números não mentem e, se olharmos para eles, vemos que o volume de perdas agregadas entre os clubes ao longo dos dois últimos anos desceu para metade. Trata-se de um feito impressionante.

Por estas e outras razões decidi, em Agosto, anunciar a minha candidatura a um terceiro mandato como Presidente da UEFA. Houve muita especulação sobre se me iria ou não candidatar à presidência da FIFA e é verdade que considerei, durante algum tempo, essa possibilidade, mas acabei por optar pela UEFA. Escolhi a UEFA porque sou apaixonado por este organismo e porque me comprometi a torná-la melhor e mais forte no futuro.

O futuro imediato é 2015 e são vários os desejos que tenho para ele. Gostaria de começar por dizer que estou ansioso por ver ganhar forma a nova Fundação para as Crianças da UEFA. Acredito que poderemos começar a marcar a diferença para com as crianças em dificuldades um pouco por todo o mundo.

Espero que a UEFA e todos aqueles que nela estão envolvidos possam continuar a trabalhar de forma a desenvolver e proteger este desporto que tanto amamos. Espero ainda, sinceramente, que o futebol possa encher as primeiras páginas dos jornais em todo o mundo pelos momentos de magia ocorridos dentro das quatro linhas e não por questões políticas ocorridas fora de campo. Prometo liderar o caminho para que a UEFA continue a dar o exemplo no que toca a altos padrões de excelência e transparência a nível da sua gestão. Menos do que isso, seja nas nossas competições, seja na nossa administração, é inaceitável.

Para terminar, quero deixar uma palavra a algumas das equipas vencedoras de 2014. Portanto, “enhorabuena” ao Real Madrid FC, que conquistou a UEFA Champions League e o Mundial de Clubes, e ao Sevilla FC, que triunfou na UEFA Europa League. Quero também dizer “Glückwunsch” ao VFL Wolfsburg pela vitória na UEFA Women’s Champions League e, claro, à selecção da Alemanha pela vitória no Campeonato do Mundo de 2014.

Saudações futebolísticas e muitas felicidades para 2015!

Michel Platini

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