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Equipa do Torneio do EURO 1992

A finalista vencida Alemanha teve o maior contingente de jogadores na equipa do EURO' 92, com Jürgen Kohler, Andreas Brehme, Stefan Effenberg e Thomas Hässler entre os eleitos.

Peter Schmeichel of Denmark celebrates his victory during the European Championship Semi Final match between Denmark and Netherlands at Ullevi, Gothenburg, Sweden on 22 June 1992 ( Photo by Alain Gadoffre / Onze / Icon Sport )
Peter Schmeichel of Denmark celebrates his victory during the European Championship Semi Final match between Denmark and Netherlands at Ullevi, Gothenburg, Sweden on 22 June 1992 ( Photo by Alain Gadoffre / Onze / Icon Sport ) Icon Sport via Getty Images
©Getty Images

Guarda-redes: Peter Schmeichel (Dinamarca)
Durante grande parte da sua carreira, Schmeichel foi considerado por muitos como o melhor guarda-redes do mundo, mas o jogo que o lançou para a história foi a final do EURO '92. Disputou um incontável número de grandes jogos, entre eles a final da UEFA Champions League de 1999, mas a exibição que protagonizou no embate do Campeonato da Europa de 1992 com a Alemanha, em Gotemburgo, foi talvez a melhor da vida de Schmeichel. Já impressionante ao longo da caminhada da sua selecção rumo à final, em particular ao defender uma grande penalidade de Marco van Basten no desempate por penalties das meias-finais, superou-se completamente no jogo de todas as decisões, com três defesas de sonho, duas delas a remates de Jürgen Klinsmann, num triunfo sobre os então campeões do Mundo que constituiu um autêntico conto de fadas. O EURO '92 foi um dos quatro Campeonatos da Europa em que Schmeichel marcou presença. Esteve igualmente no Campeonato do Mundo de 1998, antes de se despedir da selecção dinamarquesa com um número recorde de 129 internacionalizações.

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Defesa: Jocelyn Angloma (França)
Foi o actual Presidente da UEFA, Michel Platini, que ofereceu a Angloma, natural de Guadalupe, a sua primeira internacionalização, num encontro de qualificação para o EURO '92, em Outubro de 1990, e o antigo lateral-direito do Paris Saint-Germain FC ajudou a selecção gaulesa a garantir o apuramento, com 24 pontos em oito jogos. Apesar de a França ter sido surpreendentemente eliminada na fase de grupos, Angloma foi eleito pela UEFA para a Equipa Ideal da prova – sendo um dos dois franceses a receber tal distinção. Vencedor da UEFA Champions League ao serviço do Olympique de Marseille um ano mais tarde, Angloma rumou ao futebol italiano em 1994. Após duas excelentes temporadas ao serviço do Torino FC, transferiu-se para o FC Internazionale Milano e mudou-se, depois, para o Valencia CF, antes de terminar a sua carreira internacional pela selecção de França (acabaria, mais tarde, por representar Guadalupe) no EURO '96™, com 37 internacionalizações.

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Defesa: Laurent Blanc (França)
Blanc foi eleito para a Equipa Ideal do torneio em três Campeonatos da Europa consecutivos, em 1992, 1996 e no UEFA EURO 2000™, onde se despediu com uma vitória na final – depois de, por castigo, ter falhado o jogo da conquista do título de campeão do Mundo em 1998. Com a alcunha de "Presidente", dada a sua autoridade, elegância e capacidade de liderança em campo, Blanc terminou a carreira totalizando 97 jogos pela selecção principal do seu país. Iniciou a carreira no Montpellier Hérault SC, como médio, antes de representar outros nove clubes, entre eles FC Barcelona, FC Internazionale Milano e Manchester United FC, então já como um reputado defesa-central e alcançando um palmarés invejável. Tornou-se, depois, treinador do FC Girondins de Bordeaux e está actualmente ao leme da selecção francesa.

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Defesa: Jürgen Kohler (Alemanha)
Um dos mais eficientes defesas de sempre na arte da marcação homem-a-homem, Kohler sagrou-se campeão do Mundo em 1990, pela República Federal da Alemanha, e ergueu o troféu da UEFA Champions League ao serviço do Borussia Dortmund em 1997. Conquistou ainda inúmeros títulos nacionais, entre eles três Bundesligas e uma "dobradinha" em Itália pela Juventus. Antigo defesa-central do FC Bayern München, que terminou a sua carreira no Campeonato do Mundo de 1998, com 105 internacionalizações, tinha previsto despedir-se no EURO '96™, mas apesar de a Alemanha se ter sagrado campeã da Europa, sofreu uma lesão logo aos 14 minutos do primeiro jogo, frente à República Checa, e falhou o resto da prova. Teve muito maior influência nos dois anteriores Campeonatos da Europa.

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Defesa: Andreas Brehme (Alemanha)
Brehme apontou o golo da vitória na final do Campeonato do Mundo de 1990, convertendo com êxito um penalty perto do final do encontro no triunfo da República Federal da Alemanha sobre a Argentina. Brehme, que bateu essa grande penalidade com o pé direito, mas que nas meias-finais, frente à Inglaterra, havia marcado de livre com o pé esquerdo, foi um dos melhores laterais-esquerdos da história do futebol, como o atestam as 86 internacionalizações (e oito golos) com que se despediu. A sua carreira começou e terminou no 1. FC Kaiserslautern, com passagens, pelo meio, por FC Bayern München e Inter, onde atingiu o pico da fama. Brehme esteve em três Campeonatos da Europa consecutivos, disputando um total de 12 jogos e integrando a Equipa Ideal das edições de 1984 e 1992. Depois de uma primeira retirada dos palcos internacionais, regressou para dizer adeus em definitivo no Campeonato do Mundo de 1994.

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Médio: Ruud Gullit (Holanda)
Gullit foi um dos mais ilustres jogadores da Europa. Futebolista Europeu do Ano em 1987, o alto e imprevisível futebolista, fiel ao estilo do futebol total, ajudou o AC Milan a sagrar-se campeão ao fim de nove anos e capitaneou a selecção holandesa rumo ao seu primeiro grande troféu internacional, com a conquista do Campeonato da Europa de 1988, onde apontou, de cabeça, o primeiro golo da final, frente à União Soviética. Após um decepcionante Campeonato do Mundo de 1990, Gullit voltou ao seu melhor no EURO '92, depois de ter conquistado mais um "Scudetto" pelo Milan, com um registo recorde impressionante. Terminou a sua carreira internacional em 1994, com 66 jogos e 17 golos pela selecção principal da Holanda. Desde então, orientou Chelsea FC, Newcastle United FC, Feyenoord, LA Galaxy e FC Terek Grozny.

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Médio: Stefan Effenberg (Alemanha)
Capitão da equipa do FC Bayern München que conquistou a UEFA Champions League em 2000/01, Effenberg havia já há muito abandonado a sua selecção aquando desse triunfo nos penalties sobre o Valencia CF. A carreira como internacional alemão terminou praticamente com a eliminação da sua selecção no Campeonato do Mundo de 1994. Embora tenha regressado por breves momentos quatro anos mais tarde, o médio organizador de jogo, que conquistou três títulos consecutivos da Bundesliga na sua segunda passagem pelo Bayern, retirou-se com um total de apenas 35 internacionalizações. Cinco delas tiveram lugar no EURO '92, onde apontou o seu primeiro golo internacional (de um total de cinco), no triunfo por 2-0 sobre a Escócia. Depois da derrota na final, diante da Dinamarca, representou a ACF Fiorentina e o VfL Borussia Mönchengladbach, antes de atingir o pico da carreira no Bayern.

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Médio: Thomas Hässler (Alemanha)
Eleito por duas vezes Futebolista do Ano na República Federal da Alemanha, Hässler logrou a segunda dessas distinções em grande parte graças às actuações produzidas no EURO '92, onde foi um dos jogadores em maior destaque. Depois de não ter estado no seu melhor dois anos antes, quando a sua selecção conquistou o título mundial em Itália, o pequeno médio-criativo mostrou todo o seu valor na Suécia, levando a sua equipa até à final com uma sucessão de jogadas de enorme classe, incluindo dois espectaculares livres directos, frente à CEI e diante da selecção anfitriã. Hässler não conquistou troféus nem ao serviço da Juventus, nem ao serviço da AS Roma, nem mesmo nos quatro clubes da Bundesliga que representou, mas voltou a experimentar a glória pela selecção no EURO '96™, antes de colocar um ponto final na sua carreira internacional no UEFA EURO 2000™, tornando-se no quinto jogador alemão a chegar aos 100 jogos pela selecção principal do seu país.

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Médio: Brian Laudrup (Dinamarca)
Ambos os irmãos Laudrup tinham recusado a convocatória, depois de desavenças com o seleccionador Richard Møller-Nielsen, mas, ao contrário do irmão Michael, Brian regressou na Primavera de 1992 e foi recompensado quando a Dinamarca foi convidada a participar na fase final do Campeonato da Europa. Não marcou qualquer golo na Suécia, mas foi um dos jogadores dinamarqueses que mais atenções despertou. Quatro anos mais tarde, já com o irmão a seu lado, realizou mais um Campeonato da Europa de grande nível, apontando três golos, mas a Dinamarca quedou-se pela fase de grupos. Mostrou a sua classe também no Campeonato do Mundo de 1998, onde ajudou a selecção dinamarquesa a chegar aos quartos-de-final, mas anunciou aí a sua despedida dos palcos internacionais, com 29 anos, ao fim de 82 jogos e 21 golos marcados. Foi com a camisola do Rangers FC que viveu mais êxitos entre os vários clubes europeus que representou, o último dos quais o AFC Ajax.

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Avançado: Dennis Bergkamp (Holanda)
Foi no EURO '92 que Bergkamp se deu verdadeiramente a conhecer no panorama internacional. Já com dois troféus europeus de clubes no seu currículo, ao serviço do AFC Ajax, marcou quatro golos pela selecção "laranja" na qualificação para o Campeonato da Europa de 1992 e mais três na fase final da prova – incluindo um na derrota diante da Dinamarca, nas meias-finais –, terminando como um dos melhores marcadores do torneio. Ponta-de-lança dotado de uma enorme capacidade técnica, acabaria por disputar mais dois Campeonatos da Europa e por marcar presença em dois Campeonatos do Mundo, totalizando 37 golos em 79 jogos pela Holanda. Poderia ainda ter jogado no Mundial de 2002, na Coreia e Japão, mas ficou de fora devido ao seu medo de voar. Tornou-se numa lenda do Arsenal FC, onde chegou em 1995, oriundo do FC Internazionale Milano, e conquistou inúmeros troféus, entre eles duas "dobradinhas" em Inglaterra, antes de dizer adeus aos relvados, em 2006.

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Avançado: Marco van Basten (Holanda)
Van Basten será para sempre recordado pelo estrondoso remate de primeira que selou o triunfo holandês sobre a URSS na final do EURO '88. Foi, então, o seu quinto golo no torneio, depois de ter apontado um "hat-trick" frente à Inglaterra e de ter marcado o golo da vitória sobre a RFA, nas meias-finais. Nesse ano, o mítico ponta-de-lança holandês conquistou a Bota de Ouro e a primeira de três Bolas de Ouro. Embora não tenha conseguido marcar qualquer golo no EURO '92 e tenha visto Peter Schmeichel defender o seu penalty nas meias-finais, no desempate por grandes penalidades, voltou a mostrar toda a sua classe. Duas vezes campeão europeu de clubes ao serviço do AC Milan, uma lesão no tornozelo obrigou-o a abandonar prematuramente os relvados, após 24 golos em 58 internacionalizações pela selecção principal do seu país. Van Basten treinou, mais tarde, o seu AFC Ajax, clube que havia representado como jogador, após quatro anos ao leme da selecção holandesa.